quinta-feira, 15 de abril de 2010

Páscoa!

"As narrações evangélicas, que referem as aparições do Ressuscitado, concluem-se normalmente com o convite a superar qualquer incerteza, a confrontar o acontecimento com as Escrituras, a anunciar que Jesus, além da morte, é o eterno vivente, fonte de vida nova para todos aqueles que crêem. Acontece assim, por exemplo, no caso de Maria Madalena (cf. Jo 20, 11-18), que descobre o sepulcro aberto e vazio, e imediatamente teme que o corpo do Senhor tenha sido tirado dali. Então o Senhor chama-a pelo nome, e naquele momento acontece nela uma profunda mudança: o desconforto e a desorientação convertem-se em alegria e entusiasmo. Com solicitude ela vai ter com os Apóstolos e anuncia: "Vi o Senhor" (Jo 20, 18): Portanto: quem encontra Jesus é transformado interiormente; não se pode "ver" o Resuscitado sem "crer" nele. A fé nasce do encontro pessoal com Cristo ressuscitado, e torna-se impulso de coragem e de liberdade que faz gritar ao mundo: Jesus ressuscitou e vive para sempre. Eis a missão dos discípulos do Senhor de todas as épocas e também deste nosso tempo: "Já que fostes ressuscitados com Cristo exorta São Paulo procurai as coisas do alto... Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra" (Cl 3, 1-2). Isto não significa desinteressar-se dos compromissos quotidianos, afastar-se das realidades terrenas; significa ao contrário recomeçar todas as actividades humanas como um respiro sobrenatural, significa tornar-se jubilosos anunciadores e testemunhas da ressurreição de Cristo, vivo eternamente (cf. Jo 20, 25; Lc 24, 33-34)".
Bento XVI, 19/04/2006.

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